segunda-feira, 4 de maio de 2020

Encontro de catequese EAD??

Olá amigos catequistas!
Que transtorno tem causado essa pandemia, não é mesmo?
Tudo praticamente parado. Na evangelização, muitas iniciativas para que a Palavra de Deus chegue às pessoas. Quantas Lives,  transmissões ao vivo com missas, orações, palavras de esperança. Está bonito de ver quantos sacerdotes despertaram para o uso dessa ferramenta e isso de uma certa forma tem nos alimentado espiritualmente. 

Tenho recebido várias mensagens de catequistas pedindo orientações, sugestões de como fazer acontecer os encontros de catequese nesse tempo de distanciamento social. Tenho visto algumas partilhas por parte de alguns catequistas. A maioria das escolas retomaram as aulas online, pois tem um conteúdo a ser cumprido. 

E a catequese? Vou partilhar o que trago no meu coração e de maneira alguma coloco como sendo  "verdade absoluta". Se estamos batendo na tecla de que catequese não é aula, que não passamos conteúdo, que se trata de um 'encontro" com a pessoa de Jesus, acredito que seja difícil virtualmente fazer isso acontecer, sem  olhar nos olhos, tocar, fazer nosso corpo vibrar ao falar de Jesus. Podemos sim, passar algumas orientações, como por exemplo pedir aos pais que pratiquem as orações com seus filhos.

Agora, ter a preocupação de fazer acontecer uma programação/temas, acho um  tanto quanto escolar. Eu, Imaculada Cintra, não senti o desejo de fazer catequese online. A catequese não pode parar?? Acredito que toda família tem se apegado mais em Deus, tem rezado mais, tem ficado mais unida e no tempo certo, voltaremos com nossos encontros tete a tete. 

Programação?? Claro, que sofrerá alterações. E o que não sofrerá alteração nesse nosso mundão depois que a pandemia passar?

Posso estar errada e mudar de opinião caso isso se estenda, mas, por questão de meses, prefiro esperar e olhar no olho de cada catequizando e poder ouvir da boca deles o quanto Deus se fez presente em seus lares. Com certeza, voltarão mais amadurecidos na fé e não foi pelo fato de passar o "conteúdo" pela internet, mas por fazer a experiência de fé nesse momento tão difícil que estamos passando.

Espero com fé e confiança poder em breve retornar à comunidade, aos nossos encontros, participar da missa, receber Jesus na eucaristia, quanta falta nos faz!!!

Jesus, esperamos em vós!







quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Não se inventa uma vocação, descobre-se!

Padre Zezinho, grande catequista.  
Me identifico com sua maneira de pregar desde minha tenra juventude. 
 Ele não sabe, mas está presente em muitos dos meus encontros catequéticos com suas canções, que são pura catequese.
Tive a alegria de beber um pouco dessa preciosa fonte na 4ª Semana Brasileira de Catequese e recentemente no Congresso Catequistas Brasil. 
Que alegria!!
Hoje, me deparei com essa canção que fala do nosso chamado e nossos medos.
Ahhh esse medo que muitas vezes nos paralisa, impede  que Deus  realize  maravilhas através de nós!!
Eu tive e tenho muitos medos...
Lá em 1995,  tive medo  de aceitar  ser catequista, mas fui!!
Tive medo de  ser coordenadora, relutei enquanto pude, mas fui!!
Medo de alimentar e administrar um blog, mas fui!
Medo de aceitar ser coordenadora diocesana,( por algum tempo), fui!!
Medo de falar em público, pregar, dar palestras, assessorar pequenos e grandes encontros de catequistas, mas fui!
Medo de colaborar com o blog da animação Bíblico Catequética da CNBB, na época, fui!
Medo de fazer parte do NUCAP - Núcleo de catequese Paulinas, mas fui!
Medo de escrever meu livro, esse ainda não rompi!! rsrsrsr

Medo, medo, medo!!! Porque me persegues??? srrsrs
Seria tão mais fácil assumir isso:
NÃO SE INVENTA UMA VOCAÇÃO, DESCOBRE-SE!

O chamado vem Deus, se aceito, ele estará comigo em todo lugar!
Sendo assim, cansei de ranheta com Deus, mesmo relutando em alguns chamados, acabo cedendo a esse amor...
Sou catequista por amor e vocação!

Escute que lindo essa canção!!


https://www.youtube.com/watch?v=cE5mEHcin2I

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Do visível ao invisível

Quero ter aqui um dedinho de prosa com você catequista. Já fiz desse blog quase que um diário catequético. Esfriei por um tempo, mas o Catequistas Brasil me fez despertar. Sou instrumento e quero usar dessa e de outras ferramentas para ajudar muitos e muitos catequistas.
Trago novamente essa imagem, tendo em vista que ela chocou ou desagradou alguns  catequistas.

Pois bem, mesmo que a intenção tenha sido partilhar um encontro "desenvolvido", é muito difícil transmitir um encontro "vivido". Faço questão de voltar nessa imagem, pois é exatamente isso que muitas vezes ocorre  em nossos encontros catequéticos. Nossos catequizandos não entendem de imediato aquilo que queremos transmitir, porém, cabe a nós enquanto catequistas mistagogos(aquele que ajuda a introduzir nos mistérios)com sabedoria e discernimento  se fazer entender.

Já tem muitos anos que, eu, Imaculada não gosto de desenvolver meus encontros catequéticos num ambiente nu ou com aquela mesma mesa, toalha, Bíblia, flor, imagem de uma santo(confesso aqui nesse pequeno espaço do parenteses que já fui essa catequista, que saia de casa com a sacolinha pronta de toda semana e ia para meus encontros). Tenho estudado e acompanhado a dinamicidade de nossa catequese e tenho percebido que precisamos nos dispor de novas ferramentas para atingir nossos interlocutores, cada dia mais ausentes das coisas do alto e mais exigentes. 

Se você estudar um pouco de metodologia catequética vai concordar que temos vários caminhos para fazer a mensagem chegar ao coração.  Sempre gostei de fazer uso  da ambientação, usando de símbolos, imagens, músicas que facilite ou introduza meus catequizandos ao tema a ser  desenvolvido. 

Particularmente falando, gosto de usar de ambientações. Gosto quando os catequizandos chegam no encontro e vão direto analisar o que foi preparado. E amo quando sem que eu diga uma palavra, já traduzem o que vamos partilhar naquele dia. Eles vão se acostumando ao seu jeito de transmitir a mensagem.

Porém, se alguns não entendem e até questionam, não vou  chutando o balde. Com unção e espiritualidade vou conduzindo de forma que cada simbolo vá revelando a mensagem a ser transmitida. Eu pensei, rezei, preparei o encontro em casa, eles não. 

No desenrolar do encontro vão entender que a cor roxa, meio que sombria, usado nesse tempo de preparação para a páscoa nos remete a uma interiorização, mudança de atitudes, conversão. O galho seco, sem vida, representa nós sem a luz de Cristo. Somos membros de Cristo e não temos vida fora dele. Quando acendemos a luz maior , fazemos para tornar a presença de Cristo simbolicamente visível. As menores para deixar claro que uma vez iluminados por Cristo devemos ser luz no mundo. Iluminados, iluminadores! Nossa missão, fazer com que vendo a vela, sua chama que fumega, enxergue, sinta a presença de Cristo arder o coração.

Sem a presença do Espírito Santo não entendemos a Palavra de Deus e muitas vezes, não generalizando, a Palavra está assim, fechada, acorrentada em nossos lares. Muitas vezes só serve para ornamentação. A Palavra é viva e eficaz se lida, meditada, refletida e vivida, caso contrário é tal qual a imagem que chocou a alguns.

Não sei se me fiz entender e se consegui introduzi-los no mistério desse tempo forte que estamos prestes a viver em nossa Igreja. Tempo esse que não é levado a sério por muito e nem  por muitos catequistas.

Grande abraço, estou aberta a críticas, desde que seja construtiva, pois sou uma catequista em constante estado de feitura. Nunca me encontro pronta!!

Imaculada Cintra